segunda-feira, 17 de março de 2008

01 de Janeiro de 2208 – Mais um ano.

Após a virada do ano, como de costume todos do nosso acampamento se abraçaram e fizeram suas homenagens ao grande J. J. Hollz, cuja a vida e a morte sempre deverá ser lembrada, pois para aqueles que não acompanharam a história dos últimos 50 anos, este foi o herói que conseguiu unificar os sobreviventes das Américas.

Assim após as comemorações fomos dormir.

Pela manhã, logo ao acordar vejo na linha do horizonte um céu avermelhado contornado por nuvens brancas que me lembraram um dos poucos dias felizes da minha infância, porém a nostalgia dura pouco e logo o Tenente Anderson convoca o nosso comando e nos prepara para a nossa primeira missão:

-Soldados do Comando S15! Como todos vocês sabem, somos o último posto ao sul da nossa grande União Americana, e estamos aqui para garantir que o povo do Pampas do Sul consiga continuar na mineração dos Andes, pois conforme o comunicado na noite anterior do atual Elmirante, que acredito que todos assistiram, nosso dia de ir para Terra Nova está próximo, sendo que pelos cálculos dos nossos engenheiros, mais 2 meses e conseguiremos todo o minério necessário para a nossa viagem.

O Tenente continuou: - Por isso, chegou a vez de vocês irem tomar conta dos nossos bravos mineradores e deixarem o nossos amigos do Comando S14 descansaram dos 2 meses de guarda. Então o que estão esperando? O transporte está marcado para às 09:00. Dispensados!

Às 08:00h eu e os outros onze soldados recém formados do Comando S15 já estavam esperando na pista de pouso, ansiosos para utilizarmos nossas armas e curiosos para conhecermos os perigos que nos aguardava nas Minas dos Pampas, enquanto isso Marcos nosso comandante e piloto, cuidava da manutenção e preparava as rotas para nossa missão, já os outros sete membros do nosso comando, experientes, sabendo que a viagem seria feita em um velho AVM-232, preferiram descansar até a hora da partida.

Como dito pelo Tenente, às 09:00 estávamos partindo, porém, para a nossa infelicidade foi nos dado um velho AVM-232 como veículo aério, mas felizmente acoplado neste um ótimo AVM-122M. Para os não militares que não entendem bolufas dessas siglas vou explicar, AVM é a sigla básica para todos os veículos militares que nós da União Americana usamos que significa, Avançado Veículo Militar, já os números, cada dígito tem um significado, mas hoje não irei perder tempo falando os detalhes, apenas direi que 232 significa Veículo aério para vinte pessoas de uso comum, já o 122M é terrestre para 5 pessoas de uso comum.

Assim, passamos a viagem toda entre os solavancos e turbulências, admirando o nosso 122M e loucos para dar os primeiros tiros. As 19:00h, como o previsto, chegamos.

Durante toda a viagem as palhaçadas de Marcos e seu irmão Marcio nos fizeram pensar que estávamos indo para uma festa, porém quando pousamos e fomos ao acampamento conhecer o Comando S14, conhecemos uma realidade completamente diferente daquela que estávamos acostumados a vivenciar. Todos do S14 estavam machucados, acabados e desmotivados, o cheiro de sangue cobria toda a área, ouvíamos gemidos de dor e sons estranhos.

Dessa forma, o Comandante Jeison do S14 se apresentou e nos levou para a base de estratégia, lá ele relatou tudo o que deveríamos conhecer antes de exercer nossas funções, explicou todos os detalhes do relevo e nos passando um histórico dos últimos 2 meses, contou o grande ataque que eles sofreram na última semana.

Terminada as explanações do Comandante Jeison, fomos levados ao nosso dormitório e nos preparamos para dormir.

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